Por exemplo, lá em casa a gente costumava brincar sobre o fato do número 5 sempre estar presente em todos os endereços nos quais moramos (e não foram poucos, hein). Em São Luís, no Maranhão, moramos no número 5b. No interior de Minas, o número da nossa casa era 155. Em Belo Horizonte, meu pai teve um apartamento durante muitos anos, e o número dele também tinha 5. A casa onde meus avós maternos moraram no final da vida, e que era do meu pai, era de número 50. Os meus pais moram há muitos anos numa casa de número 54. A rua? Hoje em dia ela já tem nome, mas é a antiga rua 55. E agora meu pai trabalha numa outra cidade do interior de MG, e o número do apartamento que ele alugou é... 1105!
E, por falar em São Luis, quando moramos lá da segunda vez, entre 1990 e 1991, aconteceu uma coisa muito esquisita. Nós moramos numa casa alugada, que pertencia a um médico. E essa casa era bem esquisitinha. Pra começar, ficava atrás de um hospício. De vez em quando passava um maluco correndo pelado na nossa rua. A gente tinha até um maluco de estimação, que apelidamos de Joe - tinha até um copinho separado pra dar café pra ele, afinal minha mãe não teve coragem de lavar o copo e usar lá em casa depois que ele o usou pela primeira vez. Bem, mas eu estava falando da casa. Além de ser medonha e cheia de baratas (ew!), um belo dia pegamos o telefone e começamos a ouvir duas mulheres simplesmente tagarelando na nossa linha. Falamos praquelas duas desocupadas saírem do nosso telefone, mas elas não podiam ouvir a gente. Tá. Então o que você faz quando tem duas pessoas conversando no seu telefone e elas não sabem que você pode escutá-las? Você ouve a conversa, lógico! O papo estava meio monótono, as duas falando mal de algum médico que trabalhava na mesma clínica que elas... Opa, pára tudo: médico? Ei... elas estavam falando mal do dono da casa onde a gente morava! Tipo, eu não sei o que era mais bizarro: essa possível coincidência super incrível ou o pensamento de que, em outros tempos, o tal doutor tivesse uma central de escutas em casa para saber o que seus funcionários falavam dele (só coisa cabeluda, gente) e essa "linha cruzada" era uma resquício dessa época. Eu, hein! Só sei que de repente eu me senti numa novela mexicana, ou num filme de espionagem, o que dá praticamente no mesmo.
Querem ler outra história de coincidências? Quando eu trabalhava no setor de assinaturas da Orquestra Sinfônica Brasileira, eu conheci uma assinante chamada Junia. Ok, não é assim tããão difícil achar alguém com o mesmo nome [incomum] que eu. Só que essa moça tinha também um dos meus sobrenomes, fazia aniversário no mesmo dia que eu, era a caçula de quatro irmãos e a irmã mais velha dela se chamava Cristina. Tudo igualzinho a mim! As coincidências pararam por aí, mas foi um momento realmente bizarro enquanto fomos descobrindo essas coisas!
Agora, essa próxima merecia estar num filme de suspense. O meu pai até hoje tem um negócio em São Luis, uma loja em sociedade com um amigo dele. Esse amigo hoje mora lá e cuida da loja, e o meu pai vai de tempos em tempos para ver como estão as coisas.Certa vez o meu pai chegou à capital maranhense depois de passar uns 3 anos sem ir até lá. Ele se hospedou no mesmo hotel de sempre... mas lembrem-se que a última vez tinha sido três anos antes! Bem, ao chegar à recepção, meu pai foi calorosamente saudado pelo recepcionista do hotel: "Sr. Artur Beltrano de Sicrano! É um prazer revê-lo!" O nome que coloquei aqui foi fictício, mas o cara lembrou do nome completo do meu pai, só de olhar pra ele! Tipo, eu não sei se aquele era o Hotel California, se o cara era muito bom fisionomista (e ótimo pra decorar nomes) ou o quê, mas se eu fosse meu pai e assistisse alguma coisa além de faroeste, eu teria ficado um pouquinho preocupada com esse recepcionista esquisito!
E, para fechar, algo que não foi coincidência nem propriamente bizarro, mas foi engraçado e surreal. Vou colar aqui uma conversa muito engraçada que tive com um amigo meu pelo msn, o Clark. Ele estava chateado porque tinha quebrado o MacBook Air dele. Eu "briguei" com ele, porque ele tinha mania de deixar os laptops dele em braços de sofá, mas não foi isso que aconteceu. Bem, vejam na imagem (clique para ver maior):

Eu morri de rir, e de repente me senti amiga do Doc do De Volta Para o Futuro, explicando algo sobre o capacitor de fluxo!