quarta-feira, 25 de novembro de 2009

As The Ruins Falls

Post #4 da Semana C.S. Lewis


Seguindo com a nossa programação especial, e na tentativa de diversificar um pouco os textos por aqui, hoje trago um poema escrito por Lewis. Quem me conhece sabe que não curto muito poesia, apesar de admirar e muito quem gosta dessa arte. Mas, sei lá, mesmo após várias tentativas, é algo que não assentou muito bem comigo.

Para agradar a todos os públicos, colocarei aqui também uma tradução e uma versão do poema de Lewis. A tradução é do professor Luiz Geraldo, mestre em inglês na Universidade Estadual do Ceará; a versão é de David Junior, integrante da EAT (Escola de Aprofundamento Teológico, que se dedica a estudar obras do Lewis), de Fortaleza.

Dedico este post a duas amigas amantes de poesia: Mima e Debby.

*****

As The Ruin Falls

All this is flashy rhetoric about loving you.
I never had a selfless thought since I was born.
I am mercenary and self-seeking through and through:
I want God, you, all friends, merely to serve my turn.

Peace, re-assurance, pleasure, are the goals I seek,
I cannot crawl one inch outside my proper skin:
I talk of love - a scholar's parrot may talk Greek -
But, self-imprisoned, always end where I begin.

Only that now you have taught me (but how late) my lack.
I see the chasm. And everything you are was making
My heart into a bridge by which I might get back
From exile, and grow man. And now the bridge is breaking.

For this I bless you as the ruin falls. The pains
You give me are more precious than all other gains.

C.S. Lewis

*****

Tradução do Prof. Luiz Geraldo:

Quando cai a ruína

Tudo não passa de retórica vistosa sobre amar você.
Eu nunca tive um pensamento altruísta desde que nasci.
Sou um mercenário egoísta sempre em minha auto-procura:
Quero Deus, você, todos os amigos, apenas servindo a mim.

Paz, garantia irrevogável, prazer, são minhas metas.
Eu não posso rastejar um centímetro fora de minha pele;
Eu falo de amor - o papagaio de um professor pode falar grego -
Mas, preso dentro de mim, sempre acabo onde comecei.

Só agora você me ensinou (mas não tardiamente) minha carência.
Vejo minha fenda profunda. E tudo que você é estava fazendo
Do meu coração uma ponte pela qual eu poderia retornar
Do exílio e crescer homem. E agora a ponte está-se quebrando.

Por isso eu a abençôo quando cai a ruína. As dores
Que você me deu são mais preciosas do que quaisquer ganhos.

*****

Versão (com rimas) de David Junior:

Quando cai a ruína

Tudo não passa de retórica vistosa sobre te amar.
Eu nunca tive um pensamento altruísta desde que nasci.
Sou um mercenário egoísta sempre a me procurar:
Quero Deus, você, todos, servindo a mim, e não a ti.

Paz, garantia, prazer, são minha meta, meu vício, meu apego.
Eu não posso rastejar um centímetro fora de mim, eu sei.
Eu falo de amor – o papagaio de um professor pode falar grego –
Mas, aprisionado dentro de mim, sempre acabo onde comecei.

Só agora você me ensinou (mas não tardiamente) minha carência.
Vejo minha fenda profunda. E tudo que você é estava tornando
Meu coração numa ponte pela qual eu podia voltar em evidência
Do exílio e crescer homem. E agora a ponte está-se quebrando.

Por isso eu a abençôo quando cai a minha ruína. As dores
Que você me deu são mais preciosas do que quaisquer louvores.

*****

Aquele que desejar utilizar estas traduções em algum blog ou site está livre para fazê-lo. O pessoal da EAT liberou este conteúdo para que a obra de Lewis possa ser mais amplamente divulgada. Só peço que não deixem de dar crédito aos respectivos tradutores. Obrigada.

2 comentários:

Anne disse...

Poesia também nunca foi o meu forte, mas também sei apreciá-las de vez em quando...
Passa lá no blog e dá uma olhada na história que coloquei lá...


Uprain (quando chove pra cima, hehe)

Pedro Caetano disse...

yep, "foco no eu" "sucks".
felizmente tem cura.
:\

(poesias são legais, mas não levo jeito pra coisa)